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Os bloqueios da BR-392, nos quilômetros 66, em Pelotas, e 117, em Canguçu, iniciados na manhã de segunda-feira (31), foram liberados na madrugada desta terça-feira, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os policiais só atuaram após decisão da Justiça Federal concedendo liminar que determinava a liberação das rodovias federais interditadas por pessoas e veículos de carga, sendo obrigatório o imediato cumprimento por parte dos manifestantes.
Na BR-392, em Pelotas, manifestantes haviam bloqueado meia pista ainda na manhã de segunda-feira, passando a interdição total na parte da tarde, com “pare e siga” a cada dez minutos. A PRF esteve no local por volta das 3h, quando determinou a liberação da pista, o que aconteceu em seguida. O mesmo aconteceu em Canguçu.
Por volta das 10 h de terça, os manifestantes que haviam sido dispersados do quilômetro 66, voltaram a bloquear outro ponto da BR-392, no quilômetro 64. Só deixavam passar caminhões com alimentos perecíveis e veículos pequenos. Novamente a PRF intercedeu, avisando-os pela segunda vez, da decisão judicial e inclusive multa no valor de R$ 10 mil por pessoa física e de R$ 100 mil por pessoa jurídica participante, sendo automaticamente aplicada a cada hora de permanência da conduta ilegal.
Após meia hora de argumentos de ambos os lados, os manifestantes deixaram o local, somente para se dirigirem a outro, em frente ao 9º Batalhão de Infantaria Motorizada, onde pediam por intervenção federal.

Mobilização
Enquanto isso, também à tarde, a Superintendência Regional da Polícia Federal mobilizou todo o efetivo policial do Rio Grande do Sul para atuar em conjunto com as forças de segurança pública para reestabelecer a livre circulação de pessoas e o transporte de mercadorias nas rodovias estaduais. A Polícia Federal investiga possíveis crimes que atentem contra o Estado Democrático, organização criminosa, desobediência, contra a organização do trabalho, entre outros.
Policiais federais do Estado estão em regime de sobreaviso e atuam ostensivamente em pontos estratégicos e em ações de inteligência para identificar as principais lideranças, os financiadores das ações e os principais responsáveis pelos bloqueios das rodovias. A PF integra o gabinete de crise instalado pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul